quinta-feira, 21 de maio de 2009

Censo Gay


O Rio de Janeiro é a capital com mais gays e Manaus com mais lésbicas, diz pesquisas...
Rio de Janeiro é a capital com maior número de gays do Brasil e Manaus com maior número de lésbicas
BRASÍLIA – O Estruturação – Grupo LGBT de Brasília incorporou à sua coordenação de pesquisas os dados da pesquisa Mosaico Brasil, que identifica o número de gays, lésbicas e bissexuais em dez capitais brasileiras. De acordo com a pesquisa, O Rio de Janeiro é a cidade com maior índice de gays e bissexuais masculinos com 19,3%. Manaus tem o maior índice de lésbicas e mulheres bissexuais com 10,2%.
A pesquisa Mosaico Brasil foi realizada pelo Projeto Sexualidade (Prosex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Foram entrevistadas 8.200 pessoas de Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Importância – Divulgados no final de 2008, os dados são importantes para que a sociedade possa quantificar estas pessoas diante dos seus direitos como cidadão. É o que pensa o Welton Andrade da Coordenação de Pesquisas do Estruturação. “Índices como os apresentados pela Mosaico Brasil são importantes para que o poder público e o país de forma geral vejam o quanto nós homo e bissexuais integramos a sociedade”, afirma.
Welton Andrade tomou a porcentagem da mostra do Distrito Federal e calculou em números. Levando em consideração a população acima dos 18 anos, divulgada pelo censo de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, 10,8% dos homens e 5,1% das mulheres, com mais de 18 anos de idade da capital de República, são homossexuais ou bissexuais. O que significa, de acordo com os cálculos do Estruturação, aproximadamente de 135 mil indivíduos.
Referência – Welton afirma que a coordenação de pesquisas do Estruturação é hoje o maior centro de pesquisas sobre LGBT do Brasil, tanto promove quanto armazena levantamentos sobre o tema. “Pesquisas são fundamentais para que nos conheçamos quanto para que governos e sociedade enxerguem a nós, nossas vidas e nossos anseios como cidadãs e cidadãos”, diz.
Pela ordem, as cidades mais gays são: Rio de Janeiro (19,3%), Brasília (10,8%), Fortaleza (10,6%), Salvador (9,8%), São Paulo (9,4%), Belo Horizonte (9,2%), Cuiabá (8,7%), Curitiba (7,4%), Porto Alegre (7,1%) e Manaus (6,5%). As cidades com mais lésbicas são: Manaus (10,2%), Rio de Janeiro (9,3%), Fortaleza (8,1%), São Paulo (7,0%), Salvador (6,5%), Curitiba (5,7%), Brasília (5,1%), Porto Alegre (4,8%), Belo Horizonte (4,5%) e Cuiabá (2,6%). Levando em conta a média geral entre bi, gays e lésbicas nas dez cidades, 10,4% são gays e 6,3% são lésbicas.
Auto-aceitação – Embora alguns entrevistados tenham respondido ser bissexuais, a pesquisa os totaliza entre homossexuais para ter uma noção melhor de pessoas que fazem sexo com iguais. No entanto, segundo o coordenador do Estruturação, este número pode ser maior, pois muitos gays e lésbicas podem ter se declarado heterossexuais. “Uma cidade com cultura mais homofóbica pode ter tolhido respostas verdadeiras e uma capital com mais aceitação a homo e bissexuais pode ter ocasionado posturas mais francas”, explica.

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